sábado, 9 de outubro de 2010

Pensamentos perdidos REMIX vol. 2

Minha última quinzena tem sido fodastica. Eu costumava usar este adjetivo para coisas boas, mas até isso eu não faço mais. Estes 15 dias foram fodásticos, pois caíram todas as minhas convicções. Eu vi que por mais que eu tente, não posso vencer a barreira do tempo. Tenho refletido e conclui algo que hoje me parece tão claro, e chega a ser vergonhoso dizer que só agora conclui: O tempo é algo que se vive, não algo que se vence. Digo isso, pois sempre fui muito apressado com tudo, sempre quis tudo pra anteontem, achava que as coisas deviam acontecer no tempo que eu julgasse valido. Mas não é assim que a banda toca. E nem nunca foi.

Posso parecer um reclamão, mas não me imaginava assim com meus 19 anos. Quando mais jovem, imaginava um Pedro alto, repleto de amigos, cheio de coisas a fazer, importante. E olhar para mim e não ver tudo isso é um choque. Tinha uma sensação de fracasso a me ver no espelho e dar de cara com um simples universitário que perde suas madrugadas lendo e escrevendo bobagens. Depois de minha reflexão, vi que tudo isso é uma furada. Ver que eu não sou a pessoa mais popular do planeta e o "carinha" mais legal do mundo não é fruto de algum erro que possa ter cometido, mas sim que não era pra ser assim. Li bastante nestes 15 dias e percebi que não adianta você viver a sua vida em base do que acha que tem de mostrar ao mundo, pois toda essa visão que tinha de como queria ser aos 19, era algo que não queria pra mim, mas sim para mostrar aos outros que era assim.

Vive grande parte da minha vida pautando minhas atitudes, o que vestia e o que pensava baseado no que os outros achariam de mim, porém hoje me sinto um babaca por isso. Vivi por muito tempo uma vida que não era a minha, onde tudo que eu tinha era para os outros e a única coisa que tinha de realmente meu era minha alma, que por muito pouco já não estava vendida para estes meus pensamentos.

Fiquei feliz, pois consegui evoluir mesmo com um período tão conturbado para mim. Consegui me compreender e decidir que esta vida que eu tinha não era o que eu realmente precisava. Consegui ver que viver para os outros é o mesmo que estar morto, não em corpo, mas em alma. Decidi que devo viver a vida para mim, fazer as coisas para mim, por mais que a primeira vista isso vá soar como uma atitude individualista. Porém se eu, que sou o maior e único interessado no meu bem estar não cuidar de mim, ninguém mais fará isso. Vejo que estava vida "I and I alone" será importante para minha evolução. Percebo que agora devo seguir meu caminho cuidando só do meu umbiguinho, desleixando-me da opinião alheia. Posso estar errado, mas somente o Mr. Tempo pode me dizer se estou ou não.

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