sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nerds as vezes vencem

Era final de ano e Athos era um dos melhores alunos do colégio em que estudava. Ele sempre foi apaixonado pela Juliana, a garota mais popular da escola, que estudava na mesma turma que ele desde 4ª série, mas ela nunca havia trocado uma misera palavra com ele.


De repente, ela começa a s falar com ele, pois as notas dela eram um lixo e sabendo que Athos tinha uma queda por ela, viu nele sua garantia de se formar no Ensino Médio.


Ela chega toda doce com ele, conversam e ELA o beija.


Athos fica todo bobo e não percebe quais são as intenções de Juliana com ele. Então Athos foi contar a novidade para seu melhor amigo, o Julio.


Ele acha muito estranho que Juliana fosse querer algo com seu amigo, pois ele não era o tipo ideal dela. Mas para não brigar com Athos, ele resolve só ouvi-lo e averiguar a história.


Athos estava muito feliz, enquanto era enganado por Juliana. Ele não enxergava o que estava na sua cara, estava totalmente cego por aquela garota.


E Juliana, achava graça do que estava fazendo. Estava enganando um babaca e iria passar de ano sem esforço.

Julio não agüentava mais ver seu amigo ser enganado por ela.


Então Julio foi falar com ela. Chegou perto dela já pronto para a confusão:

­“O que você pensa da vida, Juliana? O Athos pode até ser meio pateta, mas eu não sou?”,

Então Juliana disse: “ “Ele é um pateta mesmo”. “Não consegue perceber que eu nunca ficaria com ele se não fosse pela ajuda que ele vai me dar pra eu me formar.”.


Mas inteligentemente, Júlio estava gravando aquela conversa. Deixou a guria falando sozinha, pois já tinha tirado dela o que precisava para desmascarar.

Júlio foi direto falar com o Athos para contar o que havia descoberto. Contou para athos imaginando que ele não acreditaria na história, que diria que era montagem e acabaria com a amizade. Porém Athos já desconfiava da moça, pois percebeu que Juliana nunca ficava com ele quando as amigas dela estavam próximas.


Então Athos usou sua “genialidade” para o “mal”. Tramou um plano junto com o Júlio para se vingar da Juliana.


O plano seria o seguinte: “ Vou tentar trovar ela para transar com ela antes que cheguem as provas. Não vai ter problema, pois ela precisa mais de mim do que eu dela. Ai transo com ela um dia antes da prova, passo a cola errada para ela e só apareço na minha formatura.”.


Júlio achou diabólico o plano, muito bom, mas diabólico.


Então um dia antes da prova e Athos foi para casa de Juliana para colocar o plano em pratica.

Aquilo não era Athos. No momento em que ela abriu a porta, Athos a agarrou e ali já começaram as atividades da noite. Juliana estava totalmente perdida por Athos, ela estava submissa a ele.

Athos dormiu por lá mesmo.

Os dois foram para a PROVA logo pela manhã e Juliana ainda estava nas nuvens pela noite que teve com Athos, não se coordenava mais, estava no “automático”.


Entraram na sala e todos estavam em suas classes prontos para a Prova.


Athos não precisava fazer a prova, pois já estava aprovado desde agosto.

Começou a prova e Athos fez o seguinte: Pegou a prova e respondeu todas as questões da prova, que era de múltipla escolha, errada e entregou para Juliana, que assinaria essa prova e entregaria para professora.

Caprichou nos erros e entregou para Juliana, que de tão “pata” nem percebeu que tudo estava errado.

Fez sua prova, obtendo nota máxima como sempre e saiu pela porta dos fundos do colégio, para não encontrar com Juliana. Depois disso, ele ficou duas semanas sem dar as caras na rua.


Na outra semana, Juliana foi ver sua nota no colégio e quase morreu ao ver seu belo e lindo ZERO.

Como era um colégio particular e ela era aluna bolsista, perderia sua bolsa e teria que ir para um colégio público, o que seria quase a morte para aquela patricinha fútil.


Logo depois, Athos passou no vestibular da Ufrgs e Juliana, a Juliana, ela tá por ai perdida num mundo babaca e vazio, em que põe toda sua frustração na sua aparência, que é bela até, mas o que guarda por dentro é podre, por isso tenta esconder isso com cabelos pintados, calças da moda e gatinhos na balada.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

As distancias

Inicio de semestre na faculdade. Athos estava aterrissando neste território. Recém chegado à faculdade, ele não conhecia ninguém lá, o que lhe incomodava bastante.

Na sua terceira aula, Athos cegou na sala e viu uma linda garota sentada na ultima classe próxima a janela. Passou pela lixeira e lá jogou toda a sua vergonha e foi sentar ao lado da moça.

Ela tinha cabelos longos com luzes, tinha olhos azuis, vestia uma blusa branca e uma calça preta. Os óculos que usava ressaltavam sua beleza.

Quando chegou à cadeira, Athos foi recebido com um sorriso. E foi aquele sorriso que o fisgou, e como o fisgou. Era cedo para a aula ainda, então os dois conversaram por uns 15 min. antes de começar a aula. Fabíola, era assim que chamava a linda garota, se apresentou, disse que tinha 19 anos, que era seu primeiro semestre também da faculdade e que morava em Porto Alegre, como Athos.

Durante todo o período antes do intervalo, os dois parecia dois adolescentes de 13 anos: só se olhavam e riam. Chegando intervalo, nenhum dos dois fez menção se sair daquelas cadeiras, os dois continuaram conversando, falando do que fazem, dos amigos e das festas.

Assistiram a segunda parte da aula, com mais risinhos e olhadas do que na primeira parte. Até que Athos pega um caderno – sempre usa o caderno para isso – e escreveu para Fabíola: “Por acaso você tem namorado?”. Fabíola pegou o caderno, olhou rindo para Athos e escreveu “não gatinho e você?”. Athos pegou aquele caderno e quando viu o “gatinho”, nem se interessou mais na resposta da guria, só via aquela expressão passando na sua cabeça, o deixando totalmente tonto.

Ele, que tinha que ir de trem pra casa, saiu antes dela, mas pegou o MSN dela, pois ela ainda não tina pego a folha com as outras cadeiras que ela faria no semestre.
Imagine só o que era a cabeça daquele jovem, ele estava no automático, não sabe nem como chegou em casa, estava aéreo. 

Entrou no MSN, a adicionou e quando se preparava para desligar o computador, surgiu àquela janela piscando na parte inferior do monitor. Era ela.

Ela disse que havia imprimido a sua grade curricular e começou a ditar suas cadeiras e horários. Todas com o Athos. Ficaram ali no MSN até as 6h30 da manhã, com a web cam ligada, o rosto dos dois mostrava a felicidade entre eles.

No outro dia, combinaram de ir juntos para a faculdade, se encontraram próximo ao Mercado Público, e forma para a estação. 

Athos estava com seu coração parecendo uma batedeira, quase saindo pela boca. Entraram na estação, subiram as escadas e viram que o trem já estava saindo. Athos já estava indo mais rápido para poder pegar o trem, mas Fabíola disse pra esperar, pois tinha trem toda hora.

Os dois ficaram esperando o trem, um olhando pra cara do outro, até que Athos pegou a mão de Fabíola, Fabíola lhe deu um sorriso como na noite anterior e os dois se beijaram.

Será que Athos finalmente encontrou a felicidade que sempre buscou? Ou será que vai ser mais uma de suas decepções?
Não, aquilo era mutuo, estava acontecendo mesmo, ele encontrou a felicidade.
Agora tudo era “blue” na vida de Athos, parece que com aquilo tudo melhorou na sua vida. Consegui um emprego, tirou a carteira de motorista, estava namorando, tudo isso junto. Ele estava nas nuvens.

O tempo foi passando e tudo melhorando. Athos se dava muito bem com os pais de Fabíola e ela muito bem com os pais de Athos.
Porém, nada é fácil e um belo dia, Fabíola diz que tem que falar muito sério com Athos. Athos acha que ela vai terminar com ele e se desespera.
Ele a espera na frente da sala de aula e ela o chamam para conversar em outro lugar.
Os dois foram até o restaurante da faculdade, se sentam e ela diz: “Athos, meu pai foi promovido no trabalho e nós vamos ter que nos mudarmos.” Então Athos: ”para onde? É perto?” e Fabíola diz” não, nós vamos para Florianópolis.”.

Começam a brotar lagrimas dos olhos dos dois. Athos pega na mão de Fabíola como no primeiro beijo e diz: ”Eu te amo, amo muito, mas não posso te impedir de ir. Eu te ...” e sua voz embargou, sem ele poder terminar a frase. Os dois resolveram que iriam aproveitar aquele momento e não foram pra aula. Pegaram suas coisas na sala e foram para a casa da Fabíola.

Ela partiria no outro dia, pela manha. Athos estava muito triste, e ajudar a fazer as malas de Fabíola só piorou sua situação.

Naquela sexta feira chuvosa de julho, estava indo embora quem o primeiro amor correspondido de Athos. Mas ele tinha que fazer algo, pois não poderia ficar mal daquele jeito até poder ir pra Florianópolis.

O tempo ia passando e os dois lutavam, pois a distancia era grande e poderia derrubar aquela relação. Ela era uma garota bonita, e ele estando a 450 km de distancia, ela poderia se encantar por um “Catarina” e esquecer-se de Athos.

O medo dos dois era que a distancia impedisse que o relacionamento tão lindo que tinha em POA acabasse de repente.

Então em outubro Athos tomou a decisão certa: largou faculdade, trabalho, amigos e tudo para ficar com seu amor.

Foi pra rodoviária e pegou o primeiro ônibus para Floripa. Não havia faldo nada para Fabíola, somente com os pais dela, que concordaram de ele ir morar com eles, enquanto não arrumasse outro lugar.

Descendo em Florianópolis, foi recebido pelo sogro que o levou até a porta da faculdade da Fabíola.
Quando ela descia as escadas da UFSC, Athos não sabia se chorava, berrava e ele simplesmente parou, arregalou os olhos, jogou a mochila no chão e correu na direção de Athos.
“Eu sabia que você não me esqueceria, Athos” disse Fabíola
“Seria como pedir para a noite viver sem estrelas” disse Athos.

E finalmente, um final feliz para Athos