quarta-feira, 18 de julho de 2012

Será aquilo uma luz mesmo?


Tenho acordado diferente nas últimas manhãs. Um misto de alegria e uma enxurrada de esperança vêm tomando meus antes sombrios tempos. Vem surgindo um sorriso envergonhado e simples, que eu nem lembrava que havia em mim. Há muito tempo não me sentia assim.
Ai então nós chegamos ao seguinte ponto. Eu, na verdade, me lembro perfeitamente da última vez que me senti assim. Mas diferente de outros tempos, não sofro mais de insônia por me lembrar daquele tempo. O tempo cuidou minhas feridas, fez com que elas cicatrizassem e me deu a oportunidade de cobri-las com algo novo.
Culpei-me por muito tempo por coisas que me ocorreram no passado. Culpava-me e me autopunia. Sofri meses e meses por coisas que eu não deveria sofrer, afinal, tudo aquilo foi o meu maior ensinamento. Nunca tirei tantas lições com algo como com todos aqueles longos meses de sofrimento.
Chorei, chorei, chorei. Chorei até que as lagrimas acabassem e meu coração doesse. Senti meu peito seco, me tornei frio, rude e intolerante. Mas as lagrimas secaram. Tive que então resgatar aquele sorriso confuso para novamente hidratar a alma com algo bom.
Comecei a ver a vida de outra forma. Trazer outras prioridades, enfrentando os problemas de acordo com o tamanho deles. Precisei caminhar no escuro para encontrar a luz. Agora, no meio desse túnel escuro e perigoso, acho que vejo lá no finalzinho, um pequeno filete de luz.
Sei o caminho que devo seguir até lá, e sem medo, estou pronto para enfrentar tudo que encontrar até a chegada à Luz.