domingo, 6 de março de 2011

Moletons mofados no canto do armário



Escrevo nessa carta a dor;
de ter perdido o amor;
de vez.

Noites e dias passei;
sem poder dizer que senti;
a felicidade buscada por mim.

Sou como um mendigo na Praça da Alfândega, mendigando por uns trocados.

As pessoas passam, te olham com uma cara de reprovação e você tem que achar-se sortudo caso role uma moedinha ou algumas migalhas de pão.

Mendigar foi o fim do meu poço.
Os valores que eu buscava já não pagavam o meu esforço e esgotamento mental.

Difícil ser julgado por querer mais do que moedas e migalhas.  Pessoas te olhando de cima para baixo, desejando que você não estivesse no caminho delas.

Só se olha alguém de cima para baixo quando vai ajuda-lo a levantar.

Decidi jogar tudo para o alto. Achei mais apropriado recolher-me a solidão do meu eu.

Refletir sobre tudo, redefinir prioridades e talvez um dia, entrar nesse jogo confuso de uma forma melhor.

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