quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

11 de setembro não é só uma data, não concorda meu caro Watson?


Amanhã é 11 de fevereiro. Logo o 11, que sempre foi meu número da sorte, há cinco meses é sinônimo de azar para mim. Até hoje aquele dia ainda me assombra. O 11 de setembro, logo ele, que em 2001 teve a queda de duas torres, em 2010 teve a queda de um ser. Não, eu não volto tão cedo a ser aquele Pedro antes de setembro.

Madrugadas eu passei me virando na cama, andando quilômetros de um lado para o outro, tentando achar a solução de um problema que não me cabia resolver. Me joguei em carteiras de cigarro e garrafas de álcool para esquecer aqueles dias que contigo estive.

Tivemos momentos felizes, é claro. Mas se eu guardasse algum momento com você, estaria atando meus pés e mãos, estaria preso em um passado que não me retornaria. Queimei todas as fotos, todos os textos. As músicas que ouvíamos juntos fugiram do rádio, as músicas que compomos juntos voaram com o vento negro do fim. Espero que um dia eu possa escrever coisas tão belas como o que escrevemos juntos.
O nosso fim não foi somente um final de relacionamento, foi o final do chão para mim.

O tempo curou muitas das feridas daquele 11 de setembro, claro. Tudo que eu podia sarar sozinho, eu sarei. Fui até o meu limite. Me tratei sozinho. Não sei por quanto tempo eu vou guardar o que só o meu externo pode de mim retirar, não sei se um dia tirarei todas as lembranças da minha mente. Sou pessimista, não vidente.

Só quero seguir em frente, encontrar em um outro alguém o que você me proporcionou antes daquele sábado, triste sábado.

"Talvez quando meus pensamentos sobre você estejam em liberdade, eu finalmente encontre a minha felicidade".

Nenhum comentário:

Postar um comentário