domingo, 3 de julho de 2011

Porque eu não ouço o Pedro de 2009?


*Eu estava arrumando umas coisas velhas no meu quarto e então encontrei esse texto de 7/7/2009. Eu li ele e de cara vi que é exatamente o que estou tentando colocar na minha mente, nesses dias. Li e percebi que eu podia pegar um pouquinho desse Pedro de 2009 e fazer ele conversar com o Pedro de 2011.

Eu nunca soube guardar sentimentos. Que dizer, eu nunca tentou.  Mais por medo do que por qualquer outra coisa. Medo de deixar de senti-los, de me tornar um ser frio. Isso pode soar como algo uma bela bobagem, mas sou bem BOBO mesmo.

Ouço pessoas, me criticando e aconselhando, sobre eu me expor tanto, falando dos meus sentimentos. Aos que me criticam, seilá, que vocês tenham uma louça gigante para lavar. Aos que me aconselham, digo obrigado pela preocupação, mas vocês sabem o quanto preciso desabafar e chorar minhas pitangas. Eu sou isso.

Essa ideia de sentimentos nunca me foi clara, e talvez não seja para ninguém. As vezes eu não entendo como alguém pode ser tão idiota para colocar nome em um caderno e mais idiota ainda o chamando de “athos da vida”, sendo que esse animal não sabe nem entender o que é VIDA. Vai ver, o caso não é tanto entender, mas sim saber viver os sentimentos e sentir a vida.

Meus últimos 3 acontecimentos fizeram eu aprender demais a lidar com a vida e com o sentimentos. Ou vão me afundar (vai saber, né?). A ironia aumenta e o sentimento diminui consideravelmente. Eu, antes de parar para pensar, sentia muita raiva dessas 3 pessoas, mas hoje estou anestesiado frente a elas. Eu percebo a cada dia que quando colocamos uma pessoa em um pedestal, sem saber se ela realmente merece aquele lugar, é um total “suicídio sentimental”.

Mas ai surge outra questão: “COMO É QUE EU VOU TER CERTEZA QUE A SANTA CRIATURA MERECE UM ALTAR NO MEU QUARTO?”. Velho,  é tudo obra do tempo de da calma. Nunca gostei desses termos. Para falar a verdade mesmo, eu odeio esse tempo e calma. Mas cada vez mais vejo que quando tentamos ultrapassa-los na estrada da vida, quando tentamos dar uma de DEUS DO TEMPO, somos atropelados logo a frente por eles. Não que devemos ficar parados, cheios de dramas, nos tornarmos pessoas frias e tal. Devemos ser racionais. Mas né, as vezes esse coração bandido e mal educado por nós, falam mais alto e a gente esquece tudo o que esse magrelo tanto escreve em uns pedaços de folha, em um caderninho que é quase um forte.

“A racionalidade nunca foi sinônimo de desmerecimento e nem motivo para pisar nos sentimentos dos outros. O nome disso é ignorância, ranço e declaração de BABACA e IDIOTA”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário