terça-feira, 19 de julho de 2011

A colônia Albanesa

Enquanto estou escrevendo aqui, deve estar chovendo em alguma colônia
de pescadores na Albânia. Não que isso seja algo ligado ao texto, ou
interessante, mas como eu não sei como começar um texto (e muitas
outras coisas que não falarei aqui, pois tem criança assistindo
-ahtri-) e como a gente costuma colocar a culpa no tempo pra tudo,
resolvi escrever isso para desviar minha total ignorância literária.

Penso que como na colônia de pescadores, no meu quarto tem chovido
bastante. Não que o sol esteja escondido, ele até aparece, mas aquela
nuvem negra e carregada sempre volta. A chuva vem de pensar demais nos
rumos que minha vida tem tomado e nos que eu queria que ela tomasse.
Não sou só eu que concluo que nossa vida sempre estará em confronto
direto com o que queríamos que ela nos proporcionasse? Sempre que me
vejo nessa posição, me defino como um “reclamão” velho, mas "EU NUNCA
ESTAREI 100% SATISFEITO COM MINHA VIDA".

Isso é terrível. Meus maiores arrependimentos (não fecham duas mãos)
são produtos da minha insatisfação com a vida. Sempre cobrando de quem
não devo, sempre mudando de idéia no meio do caminho e ferindo alguém,
sempre dramatizando e colocando a culpa em todos.

Resolvi achar a forma mais fácil e arriscada de me livrar da chuva:
Colocarei telhas grossas sobre meu quarto, onde nenhuma chuva avançará
meu telhado, deixando-me livre de limpar a sujeira após cada vendaval
que acontece naquela colônia de pescadores na Albânia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário