terça-feira, 21 de agosto de 2012

Nem lembrava que eu tinha tantos dentes na boca


“O que aconteceu comigo? E isso no meu rosto? Será que é um sorriso? Ora, não sei. Não lembro como identificar tamanha raridade. Peraê! Eu tô lembrando. NOSSA GENTE, eu tô sorrindo mesmo”. Nossa, isso é muito estranho. É um sorriso natural. Tô a tanto tempo fingindo sorrisos que até esqueci que eles podem ser espontâneos.
                
Mas calma ai. Se isso na minha cara é um sorriso, ele deve ter algum motivo. Até porque ninguém é bobo o bastante pra ficar sorrindo por nada. Calma!!!!!! A não ser que... PERAÊ... Só existe um motivo para sair na rua sorrindo feito um bobão sem motivo. Será que é? Será que é? Será que é? Não pode. Algo assim não pode ter acontecido involuntariamente. Eu jurava que tinha o controle de tudo na minha cabeça. Eu jurava que tinha virado um ser racional. Como isso passou batido por mim? Deixe-me ver BEM isso.

Nunca na história desse país eu consegui lidar tão bem com o meu passado. Nunca na história desse país minha gastrite passou tanto tempo longe de mim. Nunca na história desse país eu tive tantas boas noites de sono. Mas isso não é motivo pra tanto sorriso. Só pode ser aquilo.


PEDRO, SAI DAÍ. SAI QUE É PERIGOSO. TU JÁ TE QUEBROU JOGANDO ESSE JOGO. CORRE SEU MAGRELO INÚTIL. COOOOOOOOORRRRRREEEEE!!!!!


É, da medo curtir alguém. E lidar com o medo também né? E tentar mentir pra si mesmo, dizendo que tem o controle, né? NOSSA, muita pergunta! MAS PERAÊ(Tõ muito curtindo parar meu texto abruptamente <3)! Porque eu tô querendo tudo com pressa. Porque eu tô tentando responder TUDO. CRISTO, o relógio gira do mesmo jeito.

Se eu queria resolver tudo agora??? NOSSA, é OBVIO! Não consigo ser mais direto que isso.

Mas eu já coloquei pressa na vida várias vezes, já me enchi de prazo mil vezes. Tropecei nos ponteiros. Sabe, acho que vou deixar tudo rolar ao natural. Natural feito esse sorriso torto, que surgiu numa manhã bonita de terça, e que eu espero que dure mais do que uma fase de lua ou o ciclo de uma estrela cadente.

(desculpem algum erro ou a qualidade do texto. Escrevi tudo isso quando o trem passava por Canoas e coloquei tudo que vinha a mente).

domingo, 5 de agosto de 2012

Lovers Are In Trouble

Estou longe da escrita e isso me preocupa. Utilizava a ela para resolver ou diminuir meus problemas, mas agora não consigo ter mais “liberdade” para escrever. Minha cabeça tem estado em completa tempestade nos últimos dias e tudo que eu penso e sinto fica travado no meu peito. Nada sai. Tento ao máximo esconder tudo aquilo em mim para evitar qualquer ferida. Não que eu esteja em pavorosa desgraça, muito pelo contrário. Estou em um momento, digamos que, interessante. Se eu tivesse um tato maior com isso de “sentimentos”, certamente não estaria aqui me questionando que passo dar, o que fazer agora, o que posso dizer, o que não posso, falo com ela ou não falo.

Eu insisto em sempre bater sempre na mesma tecla, tentar viver um sentimentalismo, sendo que eu nem sei fazer isso. Enquanto tiver medo de dizer o que acho, falar que gosto, falar o que quero, eu vou continuar rabiscando em papeis, fazendo desenhos, planejando mapas na minha cabeça ou ouvindo 200 vezes a mesma música, concluindo somente que eu não posso acreditar que romances podem se tornar algo real. Devo somente ler alguns livros melodramáticos e imaginar se algum dia isso poderá se tornar por completo algo concreto pra mim.

"Lovers are in trouble and these troubles have no end". - Beeshop

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Será aquilo uma luz mesmo?


Tenho acordado diferente nas últimas manhãs. Um misto de alegria e uma enxurrada de esperança vêm tomando meus antes sombrios tempos. Vem surgindo um sorriso envergonhado e simples, que eu nem lembrava que havia em mim. Há muito tempo não me sentia assim.
Ai então nós chegamos ao seguinte ponto. Eu, na verdade, me lembro perfeitamente da última vez que me senti assim. Mas diferente de outros tempos, não sofro mais de insônia por me lembrar daquele tempo. O tempo cuidou minhas feridas, fez com que elas cicatrizassem e me deu a oportunidade de cobri-las com algo novo.
Culpei-me por muito tempo por coisas que me ocorreram no passado. Culpava-me e me autopunia. Sofri meses e meses por coisas que eu não deveria sofrer, afinal, tudo aquilo foi o meu maior ensinamento. Nunca tirei tantas lições com algo como com todos aqueles longos meses de sofrimento.
Chorei, chorei, chorei. Chorei até que as lagrimas acabassem e meu coração doesse. Senti meu peito seco, me tornei frio, rude e intolerante. Mas as lagrimas secaram. Tive que então resgatar aquele sorriso confuso para novamente hidratar a alma com algo bom.
Comecei a ver a vida de outra forma. Trazer outras prioridades, enfrentando os problemas de acordo com o tamanho deles. Precisei caminhar no escuro para encontrar a luz. Agora, no meio desse túnel escuro e perigoso, acho que vejo lá no finalzinho, um pequeno filete de luz.
Sei o caminho que devo seguir até lá, e sem medo, estou pronto para enfrentar tudo que encontrar até a chegada à Luz.