sábado, 28 de agosto de 2010

Decisões

Era final de ano e Athos estava no ultimo ano do colégio. Todos os dias saia do seu trabalho às 17h para ir à escola. Recém havia trocado seu turno no colégio para a noite. No ônibus que usava para ir à aula tinha como companhia uma menina de seu colégio, de nome Mariana. Athos até já tivera reparado nela no colégio, mas nunca com muito fervor. Eles se cumprimentavam, porém nunca conversavam, mas agora pegando o mesmo ônibus, ele acreditava que isso poderia mudar.

Juntava-se, algumas paradas depois a dupla uma amiga de Mariana, que Athos só conhecia por nome: Letícia

Como o caminho até a escola era longo, os três conversavam bastante. Mariana era mais solta, falava sobre meninos que ela “ficava”, o que fazia com eles, concluindo, ela abria sua vida para os dois.

Letícia era mais reservada: ouvia as aventuras de Mariana e falava sobre seu trabalho em um Pet Shop. Já o Athos, o sempre perdido Athos, passava a viagem com um dos fones no ouvido e o outro ouvido escutando a conversa das meninas.
Sem entender, Athos começou a gostar de Mariana, mesmo sabendo de suas aventuras.

Athos não conseguia esconder que estava gostando dela, pois sua cara de abobado não permitia qualquer discrição.

No meio de tudo isso, Mariana havia decidido o que faria no seu aniversário, que estava próximo. Ela decidiu por um bar que ficava muito longe de onde ela e seus amigos moravam. Athos pensou: “Essa é a minha chance. Tomo uns goros lá, tomo coragem e pronto”. Enquanto isso, Mariana dizia que tivera chamado todos os seus amigos e que a festa iria “bombar”. Athos naquele momento confirmara sua presença e Letícia dizia que não iria, pois não gostava do ambiente.

Porém o sempre “lamentável” Athos não aguentou e acabou, em uma noite de quarta-feira, logo depois de chegar a sua casa, entrou no MSN – sua maior arma, ou armadura, para esses assuntos – e esperou a menina ficar online. No momento em que Mari entrou no MSN, Athos a chamou para conversar e revelou a ela tudo. Mariana rolava de rir, ria tanto que sua barriga doía e dizia que Athos só poderia estar louco com uma ideia dessas.

Athos nunca havia sido tão pisado e ferido como naquele momento. Passou o resto daquela noite como um zumbi, caminhando de um lado a outro, sem rumo algum.
Passou o outro dia com um vocabulário de: Bom dia, boa tarde, sim, não e tchau. Não queria pegar aquele ônibus, pois não queria ver a menina. Pensou bem e resolveu pegar aquele ônibus, pois não iria se prejudicar chegando tarde à aula por causa de Mariana.

Por sua sorte Mariana não estava naquele ônibus. Logo depois surgiu Letícia. Os dois nunca havia conversado antes, no máximo 5 palavras, mas este dia iria ser o inicio de algo. Letícia percebeu que Athos estava diferente e resolveu ver o que aconteceu. Athos decidiu contar tudo, pois ela poderia ajuda-lo.

Letícia falou que Mariana tivera contado tudo a ela logo depois de conversar com da tragédia. Aconselhou-o a esquecê-la, pois ele sabia que ela era muito solta e ele não fazia o tipo dela.

Passou o resto da viagem, Letícia arrumando o estrago da amiga enquanto Athos reclamava da vida.

Os dias foram passando e a relação entre Letícia e Athos foi aumentando. Letícia reclamava de seu namorado e agora era Athos que dava conselhos. Athos percebeu que tivera esquecido Mariana, mas colocou Letícia em seu lugar. ”Agora eu to gostando de uma guria com namorado, eu não acredito que só escolho roubada”.

Depois de vários conselhos, Letícia terminou com seu namorado. Depois disso, Letícia e Athos estavam cada vez mais ligados. Era evidente a todos que conheciam os dois que eles sentiam algo mutuo.

Os dois muito tímidos e sem coragem, começaram a conversar escrevendo em um caderno que ia de uma mão a outra, como uma bate papo. Ali, Athos perguntou: ”Você ficaria comigo?”. Letícia arregalou os olhos e respondeu: “não, eu quero algo sério com você.” Athos abriu um longo sorriso, mas Letícia pediu novamente o caderno e escreveu: ”existe só um problema: minha religião não permite que namore com alguém de fora dela.”. Athos desmanchou seu sorriso instantaneamente e disse a ela que não poderia fazer isso, pois achava isso a coisa mais idiota do mundo, pois acreditava que religião não é impedimento para nada.

Os dois sentiam um amor sem tamanho, porém Letícia não compreendia porque Athos não se converteria por ela. Athos não tentava de todas as formas convencê-la a abrir mão da sua religião para ficar com ele.

Com toda essa divergência, Letícia decidiu por não esperar por uma resposta de Athos e reatou com seu namorado, deixando Athos novamente com o coração na mão.

Athos até hoje não consegui esquecê-la, pois pela primeira vez encontrara uma garota que o amava na mesma media que ele a amava.

4 comentários:

  1. Adorei demais esta história,por incrível que parece eu conheço uma história assim.
    Bjus e continue sendo este garoto maravilhoso de sempre.

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  2. Coração partido dói, ainda mais por um impedimento besta! Adorei o texto! beijo

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  3. A historia fico mto boa e eu conheço uma historia parecida,kkkkkkkk

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  4. muuuuito bom cara,eu acho que eu ja conheço essa historia, mais tudo bem vamo deixa assim que é melhor né, skaopksoapskopa, parabéns !!!

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